Dependendo do tipo real do projeto de desenvolvimento (fundação do parque eólico, exploração de poços, colocação de cabos pela charrua etc.), a investigação geofísica torna-se mais específica e focalizada, no entanto, um dos objetivos principais de todo o projeto é manter quaisquer riscos associados tão baixos quanto praticamente possível. A maior consideração é, portanto, dada à detecção e prevenção de quaisquer riscos potenciais à superfície e subsuperfície

Perigos geofísicos:

● Fluxos superficiais de gás e de líquidos
Os depósitos próximos da superfície de gás ou hidratos (gelo como a mistura de gás e água) são extremamente perigosos e, normalmente, têm origem em reservatórios localizados muito mais profundos, mas também podem ser o resultado de uma rápida deposição de sedimentos e atividade biogênica na camada superior dos sedimentos. Em certas áreas, os fluxos de gás / líquido podem atingir volumes suficientemente grandes para começar a escapar através do fundo do mar.

● Falhas Próximas à Superfície
Criação de pontos “fracos” localizados no fundo do mar onde os sedimentos são extremamente instáveis e existe permanentemente o potencial para falhas estruturais ou movimentos de massa de material de superfície não consolidado.

● Resistência dos sedimentos
A fim de suportar o peso de uma instalação offshore que forneça capacidade de cisalhamento suficiente para a sua interface de fundação com o fundo do mar, a composição dos sedimentos deve ser avaliada de modo a não ser demasiado mole e não demasiado dura. Deve haver espaço suficiente para colocar o comprimento necessário das pernas da estrutura offshore na camada superior dos sedimentos macios (tais como lama, argila ou areia) antes de entrar na camada de rocha (lodo duro, calcário, recife de coral etc.).

● Rios e glaciares históricos
Cheios de argila ou areia, os canais fluviais submersos representam fundos marinhos de grande mobilidade que podem não ser adequados para albergar uma estrutura offshore. As rochas glaciais são um tipo de perigo óbvio que precisa ser identificado e evitado.

● Anomalias do fundo da água
As características da topografia do leito marinho, tais como encostas íngremes, trincheiras, cumeeiras e bolsões, são todos inconvenientes potenciais (no mínimo) para a engenharia de subsuperfície que precisavam de ser avaliados e onde se considerava crítico evitar, deslocando a construção para áreas de superfície do leito marinho mais adequadas.

● Objetos feitos pelo homem
Tubos enterrados e localizados à superfície, cabos, destroços de navios naufragados são muito comuns para os ambientes costeiros.

Os geo-perigos variam nas suas formas e formas estando localizados em diferentes camadas de profundidade subterrâneas e apresentando características diferentes – um tipo de perigo pode ser facilmente interpretado através da aplicação de uma determinada técnica de levantamento, mas permanece completamente indetectável para outro. Devido a isso, apenas um estudo multidisciplinar da localização do local proposto com alguns sensores e técnicas sobrepostas nos seus resultados pode garantir a melhor seleção de localização e a identificação confiante e evitar o risco geológico.

A nossa equipe de levantamento tem experiência e conhecimentos na realização de complexas investigações geofísicas do local recolhendo os dados sobre a batimetria do leito marinho, composição dos sedimentos imediatamente abaixo da superfície do leito marinho e detecção de qualquer colocação de superfície ou de objetos perigosos enterrados pouco profundos. Podemos também obter informações valiosas sobre a secção transversal geológica próxima da superfície para avaliar a resistência dos sedimentos (derivada da estratificação dos sedimentos subterrâneos), avaliar a profundidade da camada de rocha dura, e verificar os perigos subsuperficiais de camadas inferiores (tais como rochas enterradas ou falhas geológicas e depósitos pouco profundos de gás).

Dependendo da geologia local do local, a missão pode ser cumprida quer através da utilização de um Perfurador de Subfundo Montado no Casco (10 kHz), Sistema de Chirp Rebocado de Feixe Largo (3 – 7 kHz), ou Sistema de Perfis de Subfundo Rebocado de Boomer / Sparker (0,4 – 2 kHz). Cada um dos sistemas tem as suas próprias vantagens e desvantagens naturalmente decorrentes do equilíbrio entre a sua capacidade de penetração no solo e a qualidade resultante da imagem em termos de resolução vertical e horizontal. Os dados obtidos a partir das diferentes fontes teriam sobreposições, permitindo verificações cruzadas e análises mais profundas.
Após a conclusão do levantamento aéreo e após a construção do mosaico sonar de varrimento lateral e da secção transversal geológica, a nossa geofísica definiria a grelha de amostragem central para ajudar os nossos clientes a suportar os dados de detecção remota através das medições in-site – investigações geotécnicas.

Após receber o feedback da equipa de engenharia em terra, o nosso especialista pode prosseguir com a realização de um levantamento de segundo nível no local, investigando os locais imediatos escolhidos para cada colocação individual de ativos submarinos. Normalmente definidas por zonas tampão de 500m, estas áreas devem ser investigadas de forma mais abrangente, executando um pequeno padrão de busca de alvos no levantamento combinado do sonar de varrimento lateral (ajustado ao seu alcance mais curto de 25m) e do magnetômetro a ser rebocado a uma distância mínima (5-10m) acima do fundo do mar. A utilização de um gradiómetro em vez de um magnetômetro regular permitindo uma melhor discriminação do alvo num ambiente magneticamente ruidoso (ruído de fundo geológico causado pelo ferro, cobalto ou níquel) – também pode ser considerada.

Para ajudar os nossos clientes a gerir melhor os complexos dados de levantamento geofísico do local com base em princípios e práticas sólidas de gestão de geo-informação (especialmente quando se trata de integrar e partilhar dados de diferentes levantamentos com parceiros de joint venture, utilizados para fins de planejamento, apoio operacional e gestão de riscos), oferecemos a entrega dos resultados dos levantamentos sob a forma de uma base de dados SIG normalizada.